
Está na altura de pensarmos seriamente no aquecimento global e, mais importante, agirmos, todos os dias, contribuindo para salvar o nosso planeta. As mentalidades já começam a mudar, estamos a ficar mais conscientes e ecológicos, mas é preciso que as mudanças ocorram rapidamente, ou o mundo como o conhecemos pode ser destruído.
Saiba mais sobre o aquecimento global e ajude a salvar a Terra!
Emissões de dióxido de carbono na atmosfera
A principal causa do aquecimento global é a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, que forma uma manta que retém o calor na superfície da Terra.
Atividades humanas como a combustão de petróleo, carvão e gás natural (energias não-renováveis) e a desflorestação aumentaram a quantidade de dióxido de carbono em mais de um terço desde o início da Revolução Industrial, o que está a colocar o planeta em risco.
Os níveis de dióxido de carbono na Terra durante o século XX foram os mais altos desde há 650 mil anos.
A Terra cada vez mais quente
2016 foi o ano mais quente já registado, segundo análises de cientistas da NASA e daNOAA. Também foi o terceiro ano consecutivo a estabelecer um novo recorde para as temperaturas médias da superfície global.
Este fenómeno é parte de uma tendência de aquecimento a longo prazo. A temperatura média da superfície da Terra subiu cerca de 1,1ºC Celsius desde o final do século XIX, e é expectável que aumente ainda mais nos próximos cem anos.
Há 627 meses seguidos que as temperaturas estão a aumentar, principalmente nos últimos 35 anos.
O acordo de Paris
Foi implementado como uma resposta global colaborativa às mudanças climáticas, com o objetivo de reduzir as emissões. Assinado por 196 nações em 2015, este acordo visa manter o aumento da temperatura global apenas até 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Isto só pode ser alcançado se os países cumprirem os seus compromissos de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
O presidente DonaldTrump decidiu mais tarde retirar os EUA do acordo, descrevendo o movimento como “uma reafirmação da soberania dos EUA”.
Gelo polar a desaparecer
O gelo do Ártico está a diminuir de uma forma assustadoramente rápida. Em 2017, o gelo do Ártico alcançou o recorde mínimo pela terceira vez consecutiva, de acordo com cientistas da NASA e do NationalSnowand Ice Data Center. Em 2018, o Ártico passou pelo inverno mais quente de sempre.
O lençol de gelo da Antártida pode contribuir para aumentar o nível do mar cerca de 20cm neste século, segundo estimado peloIntergovernmentalPanelonClimateChange(IPCC), mas poderão ser várias dezenas de centímetros a mais.
Clima desequilibrado
O aumento das temperaturas globais afeta a chuva em muitos lugares e aumenta as probabilidades de ocorrência de eventos climáticos extremos, como inundações, secas ou ondas de calor.Os desastres relacionados com o clima em todo o mundo mais do que triplicaram desde 1980.
Até 2100, os níveis médios de água do mar vão subir, inundar cidades e afetar milhões de pessoas, como em Xangai, na China, um caso muito preocupante.
Subida do nível do mar
Os oceanos do planeta estão a passar por grandes mudanças, tornando-se mais quentes e ácidos, os glaciares e os lençóis de gelo estão a derreter e os níveis do mar estão a subir.
O IPCC projeta um aumento no nível do mar de 52-98cm até o final deste século se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem a crescer, ou de 28-61cm se estas forem significativamente reduzidas.
Impacto nas pessoas e animais
As pessoas já estão a sofrer as consequências da mudança climática. Cerca de 22,5 milhões de pessoas foram desalojadas por desastres climáticos ou relacionados com o clima entre 2008 e 2015, de acordo com a Agência de Refugiados da ONU.
Osrecursos naturais, como a água potável, possivelmenteirão tornar-se mais escassos e a segurança alimentar irá tornar-se uma preocupação maior no futuro, porque algumas culturas e animais não sobreviverão em partes do mundo se as condições ficarem muito quentes e secas, ou frias e húmidas.
Usando dados de satélite da NASA, os cientistas estimam uma possível queda de 30% na população global de ursos polares nos próximos 35 anos, visto que o seu principal habitat, o gelo do mar, está a diminuir.